quinta-feira, 8 de maio de 2008

Grupo Corpo - parte 2

Construção de uma linguagem

O primeiro grande sucesso de Rodrigo como coreógrafo seria Prelúdios, de 1985, com música de Chopin. Esse espetáculo deixa claro seu forte sentido musical: a partitura vai sendo traduzida por peças que se encadeiam, assim como pelas frases entretramadas; e os deslocamentos dos bailarinos vão desenhando o espaço de um modo novo, segundo princípios da música.
Tanto o palco como os figurinos, em Prelúdios, são de tons azulados. Sua função é muito mais do que acessória, ou decorativa. Desde então, em todos os trabalhos do Corpo, cada elemento – cenário, figurino, luz -- tem parte ativa, ajudando a compor espetáculos complexos, onde várias artes multiplicam suas virtudes umas pelas outras.As coreografias seguintes – Bachiana e Carlos Gomes/Sonata (1986), Canções, Duo e Pas du Pont (1987), Schumann Ballet, Rapsódia e Uakti (1988) – acentuam a maneira característica de Rodrigo construir um desenho espacial. Sua produção de meados da década de 80 está fortemente ligada à técnica clássica, com elementos da dança contemporânea

Nas coreografias que vão de Prelúdios até 21 (marco de uma outra fase), Rodrigo vai testando seu domínio de estruturas e deslocamentos. A técnica do balé clássico, que é a base de seus trabalhos, vai sendo quebrada por movimentos do folclore e das danças de rua. O Corpo começa a trazer para o palco certa maneira particular do brasileiro se mover.Em 1988, em caráter extraordinário, a coreógrafa alemã Suzanne Linke foi convidada para montar um espetáculo para a companhia, Mulheres.

Desde 1989 até 1999, foi a Shell o principal patrocinador do Grupo. Uma parceria que definiu não só uma considerável estabilidade financeira, mas permitiu que a companhia assumisse ambições mais plenas. A dimensão quase operística das produções do Corpo, no sentido de uma colaboração estreita entre as artes, só foi possível nessas condições. Um núcleo criativo trabalha em conjunto, desde então: Paulo Pederneiras, Fernando Velloso, Freusa Zechmeister e Rodrigo Pederneiras. A partir de 1992, compositores são convidados a escrever trilhas especialmente para cada balé. Música, cenário, figurino e coreografia vão sendo construídos simultaneamente. Cada espetáculo é o resultado dessa interação.

A parceria incentivou, também, o reconhecimento mundial do Corpo, que hoje faz temporadas anuais em países da Europa e das Américas. Vários outros parceiros, públicos e privados, patrocinariam o Grupo em alguma medida, ao longo dos anos.






Fotos de José Luiz Pederniras
espetáculo: "Breu"

fonte: Grupo Corpo, por Inês Bogéa
www.grupocorpo.com.br

5 comentários:

  1. Neem's,

    Esse blog ta show de bola, e não poderia ser diferente, pois, a excelencia é extremamente visivel e tátil em tudo que você se dispõe a fazer. Vc é de Deus cara, e n diria que tem somente um talento nato, mas tambem alcançado com muita dedicação e esforço. Vá em frente cara, vc tem lugares bastante alto para serem alcançados. E eu costumo pensar de que a sorte é quando o talento se encontra com a oportunidade, e , talento vc tem exalando pelos poros a vontade, então, encontrar com a oportunidade n vai ser dificil.
    Vc é um exemplo cara, continue assim. E n podia faltar grupo corpo né, que a sua caraaaaaa
    Abraçao mano e fica com Deus.

    Leonardo Gomes

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  2. Puxa Vida !!!

    Ou eu devo ter virado "EMO" ou vc anda muito inspirado, ultimamente.

    Valeu mesmo, brother. Vc conseguiu até me EMOcionar. E olha que não sou de ouvir elogios e me sentir confortável ou tocado, mas vc conseguiu.

    Beijão !!
    Também te amo, cara !!!

    Fica com Deus.

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  3. Tira os excessos da palavra cara do meu comentario tá. Gosto um pouco de girias, mas em demasia fica feio. E que bom que consegui só lhe tocar e n lhe bater dessa vez.
    uahuheuaheuahuhuae
    Leonaardo Gomes

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  4. Cara........

    Claro, cara, vou, cara, ignorar, cara, os, cara, seus, cara, "cara", cara.

    Falou, cara ?!

    Cara....abração !!!

    CARA !!!

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  5. Valew caraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
    Leonardo Gomes

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